Sharing Infrastructure: Climate Monitoring and Disaster Warning with Telecommunication Cables
A tecnologia digital não apenas revolucionou a sociedade, mas também a maneira como podemos entendê-la. Parte crescente da interação humana está gerando um tipo de “impressão digital” massiva que nos permite obter um conhecimento sem precedentes sobre o que é a 'humanidade' e como ela funciona, incluindo suas intrincadas redes sociais que há muito eram obscuras. A inteligência artificial nos permite detectar padrões ocultos em "dados qualitativos", por meio de ferramentas analíticas, como o processamento de linguagem natural. Além disso, simulações feitas em computador nos permitem explorar situações que não existem na realidade: um mundo melhor. Tradicionalmente, as políticas públicas eram baseadas em estudos sociais que explicavam 10-20% da variabilidade de um fenômeno. Muitos deles falharam miseravelmente, o que foi evidenciado pela chamada "crise de replicação" nas humanidades, psicologia e ciências econômicas e sociais. Nos últimos cinco anos, o comportamento humano foi previsto com 80-90% de precisão. Os estudos sociais e as chamadas humanidades estão se tornando uma ciência da verdade. Quais são as consequências e os desafios resultantes desse fato e quais são as responsabilidades das Universidades que enfrentam essa realidade?
Bruce Howe
Bruce Howe é o presidente da força-tarefa internacional conhecida como "Iniciativa de Cabo SMART" (Monitoramento Científico e Telecomunicações Confiáveis) para incorporar sensores em sistemas de cabos de telecomunicações submarinos transoceânicos comerciais - habilitando a Internet como a conhecemos - para clima, circulação oceânica, monitoramento do nível do mar e alerta de tsunamis e terremotos. Na estação ALOHA, a 100 km ao norte de Oahu, Bruce e sua equipe instalaram e operaram o Observatório de Cabos ALOHA, o mais profundo nó da Internet do planeta, a 4728 m de profundidade.
Anteriormente, depois de obter os graus de engenharia e oceanografia na Universidade de Stanford e na Universidade da Califórnia em San Diego, respectivamente, trabalhou no Laboratório de Física Aplicada da Universidade de Washington e durante os últimos onze anos na Universidade do Havaí, em Departamento de Engenharia e Recursos Oceânicos.